Ao escolher o próximo procurador-geral da República, a presidente Dilma Rousseff estará indicando, também, o responsável pela condução final do processo do mensalão. Os três candidatos ao comando do Ministério Público Federal, que figuram na lista tríplice que foi entregue à presidente, na quinta-feira, pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), adotaram postura cautelosa quanto ao maior escândalo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Ela Wiecko, "ainda não há o que endossar". Ela apenas enfatizou que a denúncia já foi feita e o passo seguinte será o próprio julgamento. "Eu não conheço as provas, mas conheço as pessoas que trabalharam no caso até agora", afirmou. A subprocuradora deu a entender que assina embaixo do que foi feito até aqui no processo, mas fez suspense a respeito de como se posicionaria no futuro.
O procurador-geral, Roberto Gurgel, também se limitou a avaliar o que foi feito até aqui. Gurgel afirmou que o Ministério Público Federal está no caminho certo em investigações de corrupção como a do mensalão. Segundo ele, não há demora no processo, pois, a despeito de quase quatro anos de tramitação no STF - onde a denúncia foi aceita em agosto de 2007 -, são muitos réus e eles têm feito diversos pedidos. "O caso do mensalão é um exemplo de processo que tem tramitado com a máxima celeridade", resumiu Gurgel. Para ele, o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, soube adotar providências sábias para evitar novas protelações. Como exemplo, Gurgel citou o uso de juízes instrutore s que auxiliam Barbosa a tomar depoimentos de testemunhas. "Os depoimentos já foram encerrados para que o caso possa seguir para julgamento."
Valor Econômico - SP
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