O diretor de Energia da construtora Camargo Corrêa, Luiz Carlos Martins, negou a existência de trabalho insalubre nas obras da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. Ele participou de audiência pública, já encerrada, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, que apura denúncias de violação dos direitos humanos sofrida por operários da construção que participaram de movimento grevista em março de 2011. Em meio a uma revolta, os funcionários incendiaram grande parte do canteiro de obras.
Para rebater questionamentos sobre supostas más condições de trabalho em Jirau, Martins destacou iniciativas da construtora nas áreas de capacitação profissional e educacional dos operários, além de mostrar fotografias do canteiro de obras, inclusive o refeitório e a área de lazer.
Já o advogado Ermógenes Jacinto de Souza, que atendeu trabalhadores presos após o fim da greve, indagou as autoridades presentes no evento onde estão os 13 operários que desapareceram após os incêndios dos canteiros. "Por que esses homens ainda foram procurados em seus estados de origem?", perguntou. Segundo o secretário de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia, Marcelo Nascimento Bessa, esses operários têm mandado de prisão espedido e são, portanto, foragidos da Justiça.
O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), afirmou que acredita na veracidade das ações apresentadas pela empresa Camargo Corrêa, mas enfatizou não ter dúvidas de que o relato do operário Raimundo Braga de Souza é verdadeiro. No início do debate, Raimundo disse ter sido espancado por representantes da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Militar de Rondônia. Ele denunciou ainda que ficou preso por 54 dias em condições desumanas.
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